"Raramentíssimo compensa"
sou igual mulher normal as vezes faço
casual mas não compensa
meleca ressaca ressalva,
raramentíssimo compensa
sem preservativo? pffff...!! não compensa
meleca ressaca ressalva,
raramentíssimo compensa
Poemas de lirismo duvidoso e qualidade discutível...
"Raramentíssimo compensa"
sou igual mulher normal as vezes faço
casual mas não compensa
meleca ressaca ressalva,
raramentíssimo compensa
sem preservativo? pffff...!! não compensa
meleca ressaca ressalva,
raramentíssimo compensa
"Depenado" / "Femismo"
A ereção se enche de sangue, e se esvazia,
a costela é um osso que respira
Portanto que deus tirou a costela de Eva,
pra fazer o corpo cavernoso.
O macho é um zangão
depenada de úberes e úteros
tem músculos e visão focal,
é um zangão depenado.
"Emulsificante glutamato"
A mão invisível
zela muito por nós
"Indivisítro"
o indivíduo não existe dento do tubo de ensaio.
o indivíduo tá dissolvido pra além do vidro.
quando morre, ué, ele já tá dissolvido
só quebra o vidro
quando morre o indivíduo, nada acontece.
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disclaimer: para fins práticos jurídicos e de modelagem de políticas públicas, continua sendo mais útil a modelagem de
o que é a vida?
***
a vida é o intemperismo da mímesis
a vida é a eletrólise do simbólico
A vida é tentativa-e-erro com
afinco e/ou afeto
**
a vida é o hardware dos memes
a vida - que já é muito abstrato//no sentido mais amplo e abstrato
é o hardware dos memes
que são mais abstratos que a vida
**
a vida é ser escravizado por sintonias simbólicas
é ser condicionado por des/afnidades
que tentam e erram
até transar um império ou ser devoradas
**
a vida é arquitetura semiótica por tentativa-e-erro
é transa é design
design de símbolos e práticas
A Economia é um animal impossível, pois seu fundamento não existe.
"Chinelo"
"Condenado e sabendo"
Nasci condenado e sabendo
à morte prematura
Ao revés de viver loucamente
morri loucamente
"Anatomia da polarização políticossocial"
Dúvida é semente, germina! Opinião é pedra, não se discute e ponto final.
Dúvidas e incertezas de uma época de escassez, podem formar uma enxurrada de sementes!
Uma enxurrada de sementes pode demandar demais pra germinar à contento
sugar o sangue de cada um, e do conjunto de indivíduos da sociedade como um todo.
Mecanismo natural, algumas sementes querem malograr, virar pedra encruada, ceder pujança às sementes mais regadas.
Anatomia da polarização políticossocial
A história da democracia é a história da manipulação das massas(!)
Em sua origem, somente os proprietários podiam votar.
Claro,
a minoria rica nunca teve representatividade demográfica - perderiam sempre.
Mulheres, escravos, imigrantes, anafabetos,
somente foram absorvidos no direito ao voto
com a evolução das mídias à hackear-nos em opiniões preguiçosas
manipulando-nos contra nossos próprios interesses.
"Ter uma opinião"
'Ter uma opinião'
tolice triplamente qualificada!
'Ter, uma, opinião'
cada palavra é altamente problemática.
Primeiro que ninguém "tem" uma opinião:
filia-se à uma opinião dentre as possíveis.
As opiniões possíveis estão num espectro de combinações possíveis.
Decorre o segundo: "uma".
O bem comum exige tanto do tolo quanto do sábio,
que sejam capazes de múltiplas opiniões compreender.
Oa, se um dilema é insolúvel, então permanecerá em aberto.
Se está em aberto, a realidade é um Y, uma bifurcação, um espectro, então,
à que serve filiar-se a "uma" opinião? Ao mau comum.
Linearizar uma quimera, erigir de areia é liberade que não temos:
pois lá na frente ninguém é forte pra dar o braço a torcer,
adulto não aguenta quedar sem chão sob os pés.
Terceiro que "dúvida" não é "opinião".
"Na minha opinião, beltrano tem tal objetivo".
Esta é uma ótima dúvida. É dúvida sua e de muitos outros.
Inclusive beltrano, valoriza sua dúvida, pois é ponto de partida pra que todos entendam que o buraco é mais embaixo.
"Na minha opinião, as feministas querem aborto pra dispensar o preservativo"
"Na minha opinião o Boulos quer legalização pra usar drogas nas escolas"
São ótimas dúvidas, são sementes benvindas de se esclarecer, valorizadas pelos próprios sujeitos.
Mas como "opinião", à que servem? A semente vira pedra.
"Somos mutilados"
"Mercado em rédea curta"
"Quem quer, consegue"
Dá pra entender quando diz-se que: "A força do hábito é um componente inercial do livre-arbítrio"?
E que o lívre-arbítrio nem existe nem inexiste: é apenas um dos componentes?
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"MRU"
É fácil entender o MRU da inércia no vácuo.
Quando o movimento é literalmente movimento,
e o retilíneo é literalmente retilíneo...
Mas e o "MRU", entre aspas,
de cada tecido sociocultural? que não é reto: eclode na sucessão dos dias,
de eventos cíclicos,
nem periódicos?
até que algum darwinismo
lhe colida simbólico,
alguma entropia lhe debaste,
alguma eletroquímica lhe deposite afinidades?
O indivíduo derrubou o antigo regime,
a agora apenas principia, a refratar dolorosamente.
"Pseudo refutá-lo"
Marx admirava os liberais.
Smith e Ricardo, apesar de rabo preso,
eram livres.
Por isso foi fácil
pro mouro notar
que de seus contemporâneos em diante
os liberais passaram a ser frouxos reacionários.
E o miserável era um gênio.
Por isso aos covardes só coube
monstrificá-lo eternamente
e brincar de pseudo-refutá-lo
só aqui no barro de seu cercadinho libertário...
"Ode ao erro 3"
O Monodeus é o mito do acerto, num universo que é erro.
Cada semente, sempre muito mais desperdiçou do que vingou.
Cada elétron errou por uma eternidade antes da primeira base nitrogenada.
Pra nós, a sabedoria é o mito do acerto..
mas o aprendizado, substância da sabedoria, é eterno erro.
Vc tá levando alguma coisa em conta além do resultado?
Se dinheiro que você não tem, resolveria
seus problemas, vc é abençoado sim.
Como vc lidava com o suicídio quando vc era criança?
Foi o que eu
imaginei - vc não precisou.
Dormir não era uma fonte de terror pra vc,
era um alívio, um prêmio,
pra algumas pessoas,
dormir é até um recurso
disponível pra passar o tempo ou fugir da realidade.
Se dinheiro que você não tem, resolveria
seus problemas, vc é abençoado sim.
O Risco"
Existem 2 economias: a que *produz* valor
e a que *conserva* o valor, repondo a desvalorização de qualquer acúmulo.
Não cabe na sua cabeça, mas a segunda delas não existe.
Ela nem faz sentido, mas vc não conseguirá pensar diferente - é um "consenso fabricado", chamado "risco".
Preservar fortunas através do tempo não existe na ponta de nenhum lápis.
Não fecha a conta do mundo.
Mas você nasceu escutando que é justo,
assinou embaixo, até que agora faz sentido pra você,
e não consegue pensar diferente.
As
economias de *conservação* demandam valor novo da *produção*, para
repor o valor velho, que desvanesce inexoravelmente com o tempo.
E pra isso tem que taxar o tempo em várias pontas soltas de uma cadeia que é uma "pirâmide".
A
acontece que o tempo não gera valor. Existem brechas pra alegar isso,
como a fermentação, o crescimento das plantas, ou a experiência
acumulada, mas não é da forma como convencionamos. O "Risco" é um
consenso fabricado, um sinal invertido que nos sangra.
"Hardware"
Explico a inexplicabilíssima
a polarização política:
é uma demanda do futuro!
O tempo é uma abstração humana.
A gravitação de alguma formidável síntese vindoura
já pressiona uma tese e uma antítese aqui no presente.
O humano é hardware sociocultural.
"Curva Gaussiana 1"
Foi o homem que criou a palavra homem e mulher,
a palavra dia e noite.
Deus criou foi um giro, que vai de um no outro,
e criou tudo o que couber no meio
"Turma do Ar Condicionado"
O filho de qualquer ministro da economia, ou banqueiro,
já nasce aposentado.
Com isso,
é natural que a visão de Brasil
dos políticos e elite industrial seja que
a distribuição de renda transforma
os mortos de fome em playboys medíocres.
Vulcão
A cabeça de todo mundo é um vulcão
quem não batalhar seu lugar no mundo, pode explodir
nem sempre sobrevive a explosão.
Pode ser a crise que resolveu
o vulcão numa pacata montanha para sempre sólida
pode ser uma vida de tormentos e explosões
outras vezes não sobra pedra pra lamentar.
Roda-viva
E um belo dia o que era solução pode se tornar problema
é a roda-viva
urge nova solução que um dia será problema
e o problema de outrora virá a resolver-se em solução
é a roda-viva
todo conselho é verdadeiro
mas a soma de todos dá zero.
Boca fechada não entra mosca,
mas quem não chora não mama
os conselhos são todos verdade,
mas a soma total é zero.
É a roda-viva
Somos cegos em tiroteio
errando por tentativa e erro
e acertando nas aparências
chorando pelo que veio por bem.
É a roda-viva.
Criogenia
Quem me desmentir é porque não quer mamar na vaca!
Mas este genocida sempre foi referência de masculinidade.
E o que acontece quando um moleque covarde vira referência de masculinidade?
Fica evidente no título do artigo do JovemPanista Augusto Nunes, "Fiz o que qualquer homem faria".
O artigo, com tal título é a autodefesa do viril jornalhista após o infame episódio.
Profissional defensor do indefensável, os JovemPanistas contratualmente em seu mister, eclodem de manhã e tarde e noite no privilegiado espaço de alcançe nacional, seja para breve comentário ou extensivo programa, pra defender o indefensável.
E quando a Vaza-Jato tornou Sergio Moro indefensável, o interépido Augusto Nunes já não tinha o que dar nó em pingo d'água a semana toda de manhã de tarde e de noite.
Foi tão exaustivo que quando chegou no fim da semana já estava ele próprio convencido de que era razoável excitar todo o seu privilegiado espaço de radiodifusão pra mobilizar a opinião publica pela, ATENÇÃO, perda da guarda de seus filhos adotivos pelo jornalista do outro veículo que publicou a matéria.
Repetindo: no exercício de seu ofício de defender o seu indefensável Sérgio Moro a qualquer custo, o homem viril envolveu os filhos .. do jornalista.
Envolvendo crianças numa disputa inengendrável, literalmente covardia, o homem másculo ainda fez questão de não ser denominado covarde, desferindo um soco na cara do pai humilhado.
E como se já não estivesse tudo indiscutível, revistas e portais importantes começaram a semana dando espaço pro Augusto Nunes sorrir de terno e relógio em pulso, com o título "Fiz o que qualquer homem faria".
Hoje o Augusto Nunes tem a carreira cada vez mais sólida, o currículo cada vez mais cachorro grande, e o genocida ainda é referência de masculinidade.
Reparando isso, há quantos anos atrás já começamos a reclamar nossas reclamações antecipadamente, invevitavelmente vindo-nos a ser amordaçados por desaforos? E ainda nada de braço a torcer dos covardes.
As crises esticam cordas
Todo ciclo de vida tem crises,
e as crises esticam cordas.
O ciclo de vida de um organismo
ou ciclo de vida de um discurso?
A crise de um discurso
ou a crise de um organismo?
A crise do organismo estica a corda do discurso,
A crise do discurso estica a corda do organismo.
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"Reductio Ad Individuum"
Por esse alçapão o Golias entala e não cai
aqui é só o Davi que entra pelo cano
O liberalismo é pá de cal
é o alçapão da redução ao indivíduo
nessa isonomia, o grosso ri o fino cai
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Orgi
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Pregando no deserto, Moisés sozinho, ó que sonoro, vamos fazer um sonzinho
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"Too big to não revidar"
A isonomia
é uma olaria
que fabrica os tijolos
que o Golias revida no Davi
Privado das pedras pelo espírito esportivo
o Golias aquece o mercado recebendo tijolinhos
gerando assim emprego pro motorista,
pro tratorista pro manobrista
pra quem traz lenha pra olaria
toda uma cadeia
Golias é too big to não revidar
A= Atibaia; B = Bessias; C= Celso Daniel; F = Foro de São Paulo, O = Odebrecht, T = Triplex...
LEMBRAM?? Consegue lembrar o prazer quase enciclopédico dos patriotas?
Enciclopédia, que fome intelectual habita o cidadão médio!
Tá a aí uma fonte de riqueza que não foi capitalizada pelos "lobos do homem": a propensão inata para uma formação universal.
É o modo de produção que nos castra. Se vc manjar de elétrica, quem vai contratar o eletricista?
Pensar em uma formação universal pro cidadão claramente frutificaria em tudo de bom. Hábito convergente multiplicador, exponencial, ciclo virtuoso.
Mas na mesquinha lógica da economia individualista de crescimento infinito (não digo mais capitalismo pra não soar too bolchevique) cada alienação significa um ramo de mercado pra se investir.
Resultado que hoje ninguém sabe fazer seu serviço direito, nem no banco mais...
Uma declaração de 2019 do Paulo Guedes, me tocou mais do que quaisquer declarações do terrorista presidencial.
Guedes diz de passagem numa entrevista, que "no futuro só haverá 4 idiomas no mundo."Ou seja, a extinção de patrimônio imaterial ancestral.
Nunca
se esqueça das faunas de microorganismos, e artrópodes que já se
extingem em taxas diárias de desmatamento. Depois pense no patrimônio
imaterial milenar ancestral da cultura humana não ocidental, que vai
virar fumaça se não souber virar mercadoria.
A naturalidade quase zombeteira com que Guedes se apropria das projeções de extinção, me dá tela azul.
Ele
inexorabiliza a extinção, exime a responsabilidade. "Não há alternativa,
combinado? Não se fala mais nisso, já estamos redimidos, agora goze
quem puder...."
Essa perversidade deriva da ignorância? Ou um niilismo hedonista? cruzes!
Dá um amargo na orelha escutar isso.
"A equação da adesão, ou dos processos de adesão"
A adesão é algo que precisa de adesão pra funcionar.
Quanto menor a adesão,
tanto menos a adesão surte efeito.
Mais fácil fica boicotar a adesão,
mais tentadora a desadesão.
Então é um ciclo vicioso
de desadesão e boicote,
de boicote e desadesão.
Portanto é covarde e fácil,
lucrar e financiar o boicote à adesão,
e aqui entra a crítica ao liberalismo,
com sua reductio ad individuum.